sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Secas

O clima do Ceará é marcado pela aridez. As secas são periódicas, e, desde que a ocupação territorial foi consolidada, a população tenta resolver o problema da escassez de água. A Seca de 1606 foi a primeira a marcar a história da ocupação do território. Outras secas importantes foram as registradas em 1777 e 1778, responsáveis pelo enfraquecimento da indústria das charqueadas, que teve seu golpe final no período de grandes secas entre 1790 e 1794.
 
Imagem da parede do Açude do Cedro.
Durante as décadas seguintes, até 1877, o Ceará viveu relativa tranquilidade, sem estiagem, até que naquele ano e nos dois seguintes uma grande seca prejudicou fortemente a agropecuária no estado. No início dessa, o senador Tomás Pompeu de Sousa Brasil publicou o primeiro livro sobre esse problema climático, intitulado "O clima e secas no Ceará". Nessa época foi iniciada a construção do Açude do Cedro, em Quixadá, como medida para minimizar a falta de água, mas a obra só foi finalizada na Primeira República.
No começo do século XX foi criada a "Inspetoria de Obras Contra as Secas" que mais tarde passaria a ser o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, com sede em Fortaleza para realizar estudos, planejamentos e obras contra as estiagens, em 1909. Várias barragens foram construídas em todos os estados do Nordeste. Na década de 1930, foi criado o Polígono das secas: quase a totalidade do território cearense está inserido nele.
Atualmente existem muitos órgãos do governo cearense voltados para a problemática do clima. A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos juntamente com a Superintendência de Obras Hidráulicas são os órgãos que fazem a gerência de várias barragens e o planejamento de adutoras e canais. A Fundação Cearense de Meteorologia é a responsável pelo monitoramento climático. Finalmente o órgão central é a Secretaria dos Recursos Hídricos que faz toda a estruturação de metas e planos para combater a seca no Ceará.

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